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Archive for Fevereiro, 2010

Daniel Sampaio Psicologo

Quando um aluno entra na escola às 8h e sai às 20h, tem pai/mãe em média 2h por dia. Que geração estamos a criar?

PUBLICO.PT

Contra a escola-armazém

Daniel Sampaio

M erece toda a atenção a proposta de escola a tempo inteiro (das 7h30 às 19h30?), formulada pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Percebe-se o ponto de vista dos proponentes: como ambos os progenitores trabalham o dia inteiro, será melhor deixar as crianças na escola do que sozinhas em casa ou sem controlo na rua, porque a escola ainda é um território com relativa segurança. Compreende-se também a dificuldade de muitos pais em assegurarem um transporte dos filhos a horas convenientes, sobretudo nas zonas urbanas: com o trânsito caótico e o patrão a pressionar para que não saiam cedo, será melhor trabalhar um pouco mais e ir buscar os filhos mais tarde.

Ao contrário do que parecia em declarações minhas mal transcritas no PÚBLICO de 7 de Fevereiro, eu não creio à partida que será muito mau para os alunos ficar tanto tempo na escola. Quando citei o filme Paranoid Park, de Gus von Sant, pretendia apenas chamar a atenção para tantas crianças que, na escola e em casa, não conseguem consolidar laços afectivos profundos com adultos, por falta de disponibilidade destes. É que não consigo conceber um desenvolvimento da personalidade sem um conjunto de identificações com figuras de referência, nos diversos territórios onde os mais novos se movem.
O meu argumento é outro: não estaremos a remediar à pressa um mal-estar civilizacional, pedindo aos professores (mais uma vez…) que substituam a família? Se os pais têm maus horários, não deveriam reivindicar melhores condições de trabalho, que passassem, por exemplo, pelo encurtamento da hora do almoço, de modo a poderem chegar mais cedo, a tempo de estar com os filhos? Não deveria ser esse um projecto de luta das associações de pais?

Importa também reflectir sobre as funções da escola. Temos na cabeça um modelo escolar muito virado para a transmissão concreta de conhecimentos, mas a escola actual é uma segunda casa e os professores, na sua grande maioria, não fazem só a instrução dos alunos, são agentes decisivos para o seu bem-estar: perante a indisponibilidade de muitos pais e face a famílias sem coesão onde não é rara a doença mental, são os promotores (tantas vezes únicos!) das regras de relacionamento interpessoal e dos valores éticos fundamentais para a sobrevivência dos mais novos. Perante o caos ou o vazio de muitas casas, os docentes, tantas vezes sem condições e submersos pela burocracia ministerial, acabam por conseguir guiar os estudantes na compreensão do mundo. A escola já não é, portanto, apenas um local onde se dá instrução, é um território crucial para a socialização e educação (no sentido amplo) dos nossos jovens. Daqui decorre que, como já se pediu muito à escola e aos professores, não se pode pedir mais: é tempo de reflectirmos sobre o que de facto lá se passa, em vez de ampliarmos as funções dos estabelecimentos de ensino, numa direcção desconhecida. Por isso entendo que a proposta de alargar o tempo passado na escola não está no caminho certo, porque arriscamos transformá-la num armazém de crianças, com os pais a pensar cada vez mais na sua vida profissional.
A nível da família, constato muitas vezes uma diminuição do prazer dos adultos no convívio com as crianças: vejo pais exaustos, desejosos de que os filhos se deitem depressa, ou pelo menos com esperança de que as diversas amas electrónicas os mantenham em sossego durante muito tempo. Também aqui se impõe uma reflexão sobre o significado actual da vida em família: para mim, ensinado pela Psicologia e Psiquiatria de que é fundamental a vinculação de uma criança a um adulto seguro e disponível, não faz sentido aceitar que esse desígnio possa alguma vez ser bem substituído por uma instituição como a escola, por melhor que ela seja. Gostaria, pois, que os pais se unissem para reivindicar mais tempo junto dos filhos depois do seu nascimento, que fizessem pressão nas autarquias para a organização de uma rede eficiente de transportes escolares, ou que sensibilizassem o mundo empresarial para horários com a necessária rentabilidade, mas mais compatíveis com a educação dos filhos e com a vida em família.
Aos professores, depois de um ano de grande desgaste emocional, conviria que não aceitassem mais esta "proletarização" do seu desempenho: é que passar filmes para os meninos depois de tantas aulas dadas – como foi sugerido pelos autores da proposta que agora comento – não parece muito gratificante e contribuirá, mais uma vez, para a sua sobrecarga e para a desresponsabilização dos pais.

© Copyright PÚBLICO Comunicação Social SA

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A super-escola Portuguesa

*SUPER ESCOLA PORTUGUESA*

MARAVILHOSO! FINALMENTE UMA COISA BEM FEITA!
O melhor disto tudo é que este e-mail foi-me enviado por um querido
amigo que não é PROFESSOR!

A SUPERESCOLA ou o retrato da escola portuguesa
Onde estão as melhores escolas do mundo?

Claro! Está certo! Em… Portugal
Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7º ano de
escolaridade, ou seja, ensino básico.
Ah, é verdade, ensino básico é para toda a gente, melhor dizendo, para
os filhos de toda a gente!

DISCIPLINAS / ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES:

1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I – Inglês
4. Língua Estrangeira II – Francês
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Educação Tecnológica
12. Educação Moral R.C.
13. Estudo Acompanhado
14. Área Projecto
15. Formação Cívica

É ISSO – CONTARAM BEM – SÃO 15!!

Carga horária = 36 tempos lectivos

Não é o máximo ensinar isto tudo aos filhos de toda esta gente?

De todo o Portugal?

Somos demais, mesmo bons!
MAS NÃO FICAMOS POR AQUI!!!!

A Escola ainda:

Integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência,
apesar de os professores não terem formação para isso;

Integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de
toda a espécie e feitio, apesar de os professores não terem formação
para isso;

Não pode esquecer os outros alunos, ‘atestado-médico-excluídos’ que
também têm enormes dificuldades de aprendizagem;

Integra alunos oriundos de outros países que, as mais das vezes, não
falam um cu de Português, ou melhor, nem sequer sabem o que quer dizer
cu;

Tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos, como:

* Currículos Alternativos

* Percursos Escolares Próprios

* Percursos Curriculares Alternativos

* Cursos de Educação e Formação

MAS AINDA HÁ MAIS…

A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos
mais variados domínios:

* Educação sexual
* Prevenção rodoviária
* Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares,etc.
* Preservação do meio ambiente
* Prevenção da toxicodependência
* Etc, etc…

Perdoem-me a pergunta: em Portugal são todos órfãos? (possível
interpelação do Ministro da Educação da Finlândia)

Só se encontra mesmo um único defeito: os professores.

Uma cambada de selvagens e incompetentes, que não merece o que ganha,
trabalha poucas horas (Comparem com os alunos! Vá! Vá!
Comparem!!!)

Têm muitas férias, faltam muito, passam a vida a faltar ao respeito e
a agredir os pobres dos alunos, coitados!

Vejam bem que os professores chegam ao cúmulo de exigir aos alunos que
tragam todos os dias o material para as aulas, que façam trabalhos de
casa, que estejam atentos e calados na sala de aula, etc. … e depois
ainda ficam aborrecidos por os alunos lhes faltarem ao respeito! Olha
que há cada uma!
COM FRANQUEZA!!!

Vale a pena divulgar ao maior número de pessoas (de preferência não
professores) para que uma visão mais realista se comece a sedimentar.

É bom que as pessoas percebam que ter filhos acarreta muita
responsabilidade – não só a de os alimentar, vestir, comprar
telemóveis, mp3, pc, como também, e principalmente EDUCÁ-LOS!!!!!

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Para quem não souber a letra do Hino Nacional…

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Eu tive um Salazargalhães !

Eu tive um Salazargalhães !

E VOCÊS, TAMBÉM TIVERAM UM SALAZARGALHÃES?!


E funcionava às mil maravilhas. Até com o ecrã rachado. Já vinha com prova dos nove incluída e tudo!!

Agora se dessem um destes à rapaziada pequena é que era giro vê-los à procura do botão para o ligar. Eu cá ainda me lembro como se apagavam os dados:

Era com "cuspo"! e não apanhávamos virus!!!! J

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Está demais!

Vejam este vídeo, está demais
Quem terá perdido tempo a fazer isto?

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